sexta-feira, 27 de julho de 2012

"E até a lua se arrisca num palpite
Que o nosso amor existe,
Forte ou fraco, alegre ou triste"

E mesmo depois de tanto desamor ela acreditou em Elis, ela acreditou em todas as outras palavras bonitas que ouviu sobre o amor.
Não vai. O seu peito já o sentia indo e batia no mesmo ritmo acelerado: não vai, não vai, não vai. Quando ele negou, ela chorou, quando ele saiu, ela chorou, quando ele sumiu, ela chorou, quando ele mentiu... Não havia mais lágrima. O peito não estava nem acelerado e nem parado, o peito estava partido. Ela estava esperando tudo, mas não que ele fosse ingrato, e muito menos desleal.


- Alô?
- Alô, amor, não consigo dormir...
- Por que, amor?
- Não sei, mas não consigo dormir sem você, eu sinto que vai acontecer algo...
- Vai acontecer o quê?
- Eu não sei dizer o que é, mas eu sinto...
- Amor, fica calma, não vai acontecer nada.
- Eu não consigo dormir sem você...


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EU NÃO QUERO MAIS FALAR COM VOCÊ
ACORDA
EU NÃO QUERO
ACEITA
FOI SÓ PRA TE CONSOLAR
VOCÊ QUERIA O QUÊ?
QUERIA QUE EU PARASSE A MINHA VIDA POR SUA CAUSA?
PARA DE ME LIGAR
EU SÓ NÃO TE BATO PORQUE VOCÊ É MULHER
CALA A BOCA
EU NÃO SINTO NADA POR VOCÊ
VOCÊ TÁ ME IRRITANDO
EU NÃO QUERO
EU NÃO QUERO.

 Da mesma boca. Saiu da mesma boca.
 Ela olhou para o céu e perguntou, o que foi que eu fiz?
 Por que, senhor, tu me abandonaste?
 Mais uma vez.
 E ela tinha tentado. E ela tinha ouvido Elis e todas as outras canções de amor.
 E o fim da história? Era tudo mentira... FIM.
 Mais uma vez.
 E ela era só mágoa e ódio. Era só desespero e rancor. Era só indiferença e dor.
 Mais uma vez.

 "Ô Madalena, o meu peito percebeu
Que o mar é uma gota
Comparado ao pranto meu..."

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