quinta-feira, 31 de maio de 2012

Felicidade Angustiada

"Agora conheço um pouco da minha capacidade... Sei o que quero fazer da minha vida, e tudo isso é tão simples, mas era tão difícil para mim saber no passado. Quero dormir com muitas pessoas - quero viver e ter ódio de morrer - não vou lecionar, nem fazer o mestrado depois da graduação... Não pretendo deixar que o meu intelecto me domine e a última coisa que quero é cultuar o conhecimento ou as pessoas que têm conhecimento! Não dou a mínima para o acúmulo de fatos de ninguém, exceto quando se tratar de uma reflexão sobre sensibilidade elementar, de que eu de fato preciso... Quero fazer tudo... ter um modo de avaliar a experiência - se me causa prazer ou dor, e tenho de ser muito cuidadosa quanto a rejeitar a dor - tenho de perceber a presença do prazer em toda parte e encontrá-lo também, pois ele está em toda parte! Quero me envolver completamente... tudo é importante! A única coisa a que renuncio é a capacidade de renunciar, de recuar: a aceitação da mesmice e do intelecto. Eu estou viva... eu sou linda... o que mais existe?"

(Diários de Susan Sontag)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Solidão, que nada!

Estou lá sentada na pedra, o ar fresco batendo no meu rosto, respiro fuuundo...
Olho o rio passar, bem devagar, as águas correrem, bem devagar, em um caminho sem volta.
Quase dá pra ver a cena, e quando vejo me dá tanta paz.
É engraçado como dá pra sentir o gosto amargo ficando doce, bem devagar...
As coisas se constroem e se desconstroem, e a vida continua lá.
Como é difícil perceber que tudo vai continuar lá, como é fácil gostar.

"Viver é bom nas curvas da estrada..."

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Envergo mas não quebro


Se por acaso pareço
E agora já não padeço
Um mal pedaço na vida
Saiba que minha alegria
Não é normal todavia
Com a dor é dividida
Eu sofro igual todo mundo
Eu apenas não me afundo
Em sofrimento infindo
Eu posso até ir ao fundo
De um poço de dor profundo
Mais volto depois sorrindo
Em tempos de tempestades
Diversas adversidades
Eu me equilibrio e requebro
É que eu sou tal qual a vara
Bamba de bambú-taquara
Eu envergo mas não quebro
Não é só felicidade
Que tem fim na realidade
A tristeza também tem
Tudo acaba, se inicia
Temporal e calmaria
Noite e dia, vai e vem
Quando é má a maré
E quando já não dá pé
Não me revolto ou me queixo
E tal qual um barco solto
Salto alto mar revolto
Volto firme pro meu eixo
Em noite assim como esta
Eu cantando numa festa
Ergo o meu copo e celebro
Os bons momentos da vida
E nos maus tempos da lida
Eu envergo mas não quebro
(Lenine)

segunda-feira, 7 de maio de 2012



All the crazy shit i did tonight... Those will be the best memories! I just wanna let it go for the night, that would be the best therapy for me...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Bem mais e melhor que você.

As mãos que acariciam meus cabelos
E deslizam suavemente por entre as minhas pernas
Foi você quem as guiou...

Os lábios que percorrem meus seios
Os meus gemidos nos quartos escuros
O peso sobre meu corpo frágil
Os movimentos brutos
Foi você quem planejou...

A vergonha que me fez passar
Me deixou nua pro mundo
E descrente pro amor
Eu só aproveitei a ocasião

Se eles conhecem agora a minha melhor cara de prazer
A culpa é exclusivamente sua.