sexta-feira, 31 de maio de 2013

Cura

Você sempre diz tudo o que eu odeio ouvir
E não faz nada que me faça feliz
Mas quando eu sinto que pode ser verdadeiro
Esqueço tudo
O ar volta ao pulmão pra eu respirar tranquila
Injeção de adrenalina direto no
Peito de um corpo em overdose
É o alívio do nó se desfazendo na garganta
Seu Eu te amo não é mais Bom dia
Meu buda dança ao som da mais bela
Sinfonia de Beethoven
E a gente canta em descompasso com os olhos
Se abraça e alcança a paz celestial
Que o ex-Papa sentiu no Vaticano
Eu sei toda hora que te amo
Mas muito mais quando nos encontramos
Para dizer que Sim
Oscilando entre o Não e o Talvez
Nos orgulhamos de tudo sem orgulhos
Nos misturamos feito óleo e
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que cura.


domingo, 19 de maio de 2013

É horrível quando você sabe que saiu do controle. Você sente muita tristeza e muita vergonha porque todos viram o seu pior lado. Todos sabem o quanto você pode ser fraca e você não pode se lembrar de nada, você nem ao menos sabe o que aconteceu. Sua cabeça explodiu em milhares de pedacinhos e tudo de ruim que havia lá dentro veio à tona. Todo o seu corpo está cansado, cada parte dele, o distúrbio da sua mente atingiu o seu físico.

Não quero mais fazer mal para as pessoas a minha volta.
Não quero mais fazer mal para o meu amor.
Não quero mais fazer para mim.




sexta-feira, 10 de maio de 2013

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ria um riso apaixonado
Na escuridão de seu quarto
O medo estava acabado

Sentiu a mão leve de um ser amaldiçoado
Um sussurro em seu ouvido
Que soou como um grito,
Dizia:
"É tudo mentira!"

Tirou a faca das costas
E enfiou bem no meio peito
O frio entrou em suas entranhas
A faca cortou
Congelou
Aquele que ela amava
Já estava acostumado ao cheiro de seu sangue

Escorria pelo seu corpo litros
Por todo quarto
Por toda sala
Por toda rua
Por toda cidade
Por toda vida
A ferida nunca poderia ser estancada

O demônio riu-se de tanta covardia.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Não diga que me ama

Lembranças vagueiam por cada espaço da minha cabeça e voltam subitamente aos meus olhos. Posso ver sua boca enroscada em outras bocas doentes, sua mão acariciando corpos sujos, sei quem são. Desprezo-as como os piores vermes. E aceito, sabe deus porque, que misture suas condições vulgares e nojentas a mim. Não queria.
Todos os dias quando acordo ainda dou de cara com seu olhos de repulsa, que me expulsaram pra que entrasse as prostitutas. Me negou como Pedro, três vezes, ainda sinto o peso da cruz. Infelizmente não sou feita de perdão.
Queria que minhas vontades fossem maiores que minha memória, mas memórias ruins, não são apenas dores que passam, são imensas cicatrizes, visíveis para qualquer um que passe. Todos riem disfarçadamente, eu sinto, você sair maliciosamente pelas minhas costas para encontrar o seu mundo doente.
Ainda estou caindo no abismo de que eu queria te salvar. Eu caio e nunca encontro o chão. Estou indo ao encontro da morte. Crueldade sem fim.
Desde que me levantei de onde eu chorava ao teus pés, vejo minhas tantas lágrimas escorrendo pela sarjeta em minha própria direção, entram em meus ouvidos, como tudo que já foi capaz de espalhar sobre mim, percorrem minhas veias, caio. Escuto sua voz bem ao fundo em meio uma percepção conturbada do real.
Me ama? Me ama como as  promessas e cartas de amor que dirigiu às mais pobres de espírito? Não confio na pureza desse amor. Não confio na verdade dessas palavras. A cada vez que são ditas é como se ardessem todas as minhas feridas.
Não existe paz depois da mentira.