sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Ele me disse satélite natural da terra
Sou
Não que seja ele quem me ilumina
Existem tantos sóis por aí...
Todos grudados ao meu lado
Enquanto permaneço indecifrável
No topo das cabeças
Esperando que realmente acordem
E que um dia cansem
De toda vez me alcançar
Cravar sua bandeira
E comemorar me usando
Como terra de desafios
Sou lisa aos olhos que me olham
Mas se realmente curiosos
Enxergam minhas crateras
Minhas sinuosas linhas
O que faço aqui
Também não sei
Se cresço, se minguo
Se encho de luz o desespero
Do ser que precisa de qualquer explicação
Para cada rumo de sua vida
Nem eu sei do meu mistério
Só aceito minha condição
Que os lobos uivem para mim
Que as bruxas dancem ao meu redor
Que os apaixonados me façam motivo
Sigo uma reticência no céu
Um solitária perdida

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