segunda-feira, 16 de maio de 2016

estranhos
sobre o mesmo
teto
meus olhos
tristes
teu desafeto
quanto tempo...
quanto
ego!
sem tato
faltava
tino
a taça
com vinho tinto
estilhaçou
sobrava tinta
e silêncio
tonta
não entendia
nada
entediada
só pintava
feito louca
o branco
e preto
de tudo
desfeito
desesperada
te procurava
até
entre
as minhas
entranhas
estive
tão
cansada
tamanha
falta
do que era tanto
e a rotina
matou
tua alma
egoísta

enterrou
sem rezar
e
então?
terminou
mas a memória
guarda
todas
as apostas
dos cílios
os jeitos
dos sonhos
nossos temas
nos discos
perdoa
mas não foi
a toa
que eu saí dos
trilhos
meu trem
tem pressa
não se despeça
serei eterna
até quando
não estou

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