segunda-feira, 16 de maio de 2016

só se ajoelha diante de mim
quem tem fé
cética
acredito no que é ou não é
crucifica-me se for capaz
se quiser me prender
solte Barrabás
meu vinho só serve aqueles
que sabem que nunca fui
nem serei água
não posso ser paraíso
já que queimo por dentro
feito inferno em brasas
não sou profana
só natural
mundana
faço parecer que sou sua
morro de braços abertos por ti
porque adoro drama
mas ressucito
no terceiro dia
irreal como poesia
escuto a voz que me chama
recuso o seu deus
adeus
meu único templo
tem como nome
Anna

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