sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Síndrome

Sinto meu coração esfriar
Quando você encosta em mim
Suas mãos geladas
Sua pele suada
Sinto minha respiração parar
Quando te escuto ofegante
Seus olhos inquietos
Seu coração barulhento
O seu medo
Que eu não entendo
Como nunca entendi porque
Todos que meu amor toca
Se tornam vulneráveis
Sou melhor amiga da morte
E quando me aproximo
Os que não desistem da vida
Acabam tendo pânico de vivê-la
Eu sou a única que encara
Qualquer batalha
Mas já não posso resolver nada
Nem viciante
Nem passional
Nem patológico
Eu nunca vi ninguém vencer guerra
Sozinho
E eu já morri
Mais de duzentas vezes
Procurando as bandeiras da paz
Talvez eu
É que seja o conflito
Talvez eu
Não sei viver sem conflituosos

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