Sinto meu coração esfriar
Quando você encosta em mim
Suas mãos geladas
Sua pele suada
Sinto minha respiração parar
Quando te escuto ofegante
Seus olhos inquietos
Seu coração barulhento
O seu medo
Que eu não entendo
Como nunca entendi porque
Todos que meu amor toca
Se tornam vulneráveis
Sou melhor amiga da morte
E quando me aproximo
Os que não desistem da vida
Acabam tendo pânico de vivê-la
Eu sou a única que encara
Qualquer batalha
Mas já não posso resolver nada
Nem viciante
Nem passional
Nem patológico
Eu nunca vi ninguém vencer guerra
Sozinho
E eu já morri
Mais de duzentas vezes
Procurando as bandeiras da paz
Talvez eu
É que seja o conflito
Talvez eu
Não sei viver sem conflituosos
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