sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sarjeta

viver com a lágrima sempre a margem dos olhos
só se acostuma quem não sente dor
a mágoa é sangue que corre nas veias
morta por dentro
vago por aí feito zumbi
ninguém enxerga a podridão
olhos baixos, passos curtos
em cada esquina uma traição
os anos passam
e a miragem da mão que ajuda
transforma-se sempre no dedo que aponta:
fica aí, idiota
que teu karma dura mais que cem anos
é mais fácil te ferir
do que te levantar
é mais fácil dar as costas
para a culpa
que você pode carregar

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