sexta-feira, 22 de março de 2013

Todo poeta tem um amor problemático
Que perdura pela vida
Um câncer assintomático
Uma vida inteira pra ser diagnosticado
Como morte
Da sorte
É feito um corte
Entre o peito e o feito
Que foi desfeito e refeito
Muitas vezes, umas treze
Ao longo do que alguns chamam educadamente
De história de amor
E ele que nasceu pra escrever a beleza da dor
Faz sair mel desse tumor
O que é digno de um exímio sofredor
A vida da mais uma chance pra essa doença
Que o poeta através da arte faz sobreviver como crença
Passando por séculos sem desfalecer

2 comentários:

Flores, laetitia disse...

Além de linda, poeta. Como faço pra não me apaixonar?

Anna. disse...

Eu acho que a gente combina muito e deve casar!