segunda-feira, 9 de abril de 2012

Chave.

Tava lendo postagens antigas e comecei a me lembrar de como eu era livre e leve... Até a tristeza de alguma forma tinha algo de bonito. Como eu era menos dura comigo e com os outros! Como eu sabia o que eu queria e não precisava ouvir milhões de bocas me dizerem e repetirem... Como eu aprendia sozinha!
Hoje em dia tudo é assim levado tão a sério, se o homem te larga é um filho da puta, se você larga do homem é porque ele era um filho da puta, se fica com ele é uma idiota, se não fica é uma idiota filha da puta. Todo mundo tem fases na vida, todo mundo tem teto de vidro, já aprontou, já chorou pelo que aprontaram, e se não atinge a ninguém além dos dois, que mal tem? No final das contas, todo mundo segue a vida e ninguém lembra que odiou tanto, que xingou tanto, então pra quê? Antes eu chorava tão menos.
"Não tenho pressa, não tenho pano, não tenho dono", né Falcão? Pra que me preocupar? Meu deus, eu sou tão nova. Me esqueci que não vou morrer amanhã. Eu não sou obrigada a compreender ninguém, mas eu ter colocado na cabeça que todo fim termina em briga, foi a coisa mais estúpida que fiz nos últimos tempos. Ficar só com as coisas ruins ajuda a seguir em frente, mas ajuda a seguir em frente com uma dor no coração tão desnecessária. Quero ser leve de novo!
Eu também adquiri a mania indecente de apontar o dedo nos fulanos idiotas. Que sejam idiotas! Estão todos dentro da lei. Minha vida é tão mais leve quando me preocupo só com ela, e vou levando assim sem medo, sem medo de ser triste, filha da puta, idiota, ou seja lá quais foram os outros rótulos! A única coisa que não pode faltar é vontade própria, é vontade.

Fodam-se as outras verdades, eu me lembrei de quem eu era!

Um comentário:

Panaaa disse...

Eu também sou idiota e filha da puta, mas to aqui com você tá? Posso até não entender mas respeito e muito sua dor.