Se aconteceu alguma coisa simples na minha vida até hoje, acho que eu não soube aproveitar. Como eu vou saber que decisões tomar, sendo que, pelo menos na prática, essa é a única vida que eu tive e eu não tive como treinar? Como eu vou saber como enfrentar as situações mais difíceis? Como eu vou saber como tomar as decisões mais difíceis? Eu não sei, mas o fato é que eu tenho que fazer.
Como alguém segue em frente e deixa tudo pra trás? Pelo menos o aprendizado a gente leva, pelo menos o amor verdadeiro a gente guarda. Escolhas são cruéis, e quase nada na vida não é. Mas a gente vai indo sem descobrir nunca se fez a coisa certa.
As vezes eu me pergunto se eu não crio um conto de fadas, torno a tristeza bonita, quero parecer a heroína, quero deixar qualquer coisa pra trás pra salvar o amor, ser gelo pra todos e água pra ele, injusta com quem tenta me fazer feliz... Eu não sei novamente, talvez seja isso. Mas talvez seja apenas compaixão.
"Nas línguas que formam a palavra compaixão não com a raiz "passio: sofrimento", mas com o substantivo "sentimento", a palavra é empregada mais ou menos no mesmo sentido, mas dificilmente se pode dizer que ela designa um sentimento mau ou medíocre. A força secreta de sua etimologia banha a palavra com uma outra luz e lhe dá um sentimento mais amplo: ter compaixão (co-sentimento) é poder viver com alguém a sua infelicidade, mas é também sentir com esse alguém qualquer outra emoção: alegria, angústia, felicidade, dor. Essa compaixão designa, portanto, a mais alta capacidade de imaginação afetiva - a arte da telepatia das emoções. Na hierarquia dos sentimentos, é o sentimento mais supremo." A insustentável leveza do ser
É difícil, mas foi isso que eu escolhi.
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