sábado, 16 de abril de 2016

sou como dizem
coração mole
idiota
realista dilacerada
esqueço fácil
quem me caça
me some
a cara do predador
consumida
às vezes pela cachaça
na maioria das vezes
pelo amor
amo
até quem me fura
pelas costas
um sorriso
já me põe disposta
a compreender
a pequenez do outro
a enxergá-la em mim
me xingue
beije meu ex-marido
me odeie sem motivo
eu te amarei
essa é minha vingança
meu coração fridesco
árvore da esperança
sempre vê
alguma poesia
na dor do mundo
opressores
invejosos
arrogantes
preconceituosos
amo sem distinção
digo não
me incomodo
não suporto
me revolto
o que nunca consigo
é ter ódio
nada pode ser maior
que o meu perdão

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