segunda-feira, 14 de abril de 2014

sobre o amor e outras coisas

Se eu fosse homem também me apaixonaria por mim. Aliás, eu já sou apaixonada por mim. Faço o meu tipo. Sou bonita, irritante e tenho senso de humor.
Não gostei de quase ninguém nessa vida... Devo ter amado uns 4, posso contar. O primeiro foi aquele loirinho do pré, meu amor acabou quando eu tava no balanço e ele veio me pedir pra eu sonhar com ele, pra mim amor aos cinco anos só servia se fosse platônico. O segundo foi o Gil, que eu só amava porque não conhecia, se eu conhecesse, com certeza, não amaria, mas foi bonito porque passei um tempão amando alguém que eu imaginava, tipo um namorado imaginário. O terceiro foi o André, que eu só amava porque conhecia bem, mas também nunca disse que amava, foi um amor descompassado, quando eu o amava, ele não me amava, quando ele me amava, eu não tinha certeza, fomos ex-namorados sem nunca ter namorado. E, finalmente, o quarto foi o Rafael, típico amor de novela, um casal que não tem nada a ver, nunca dá certo e no final casa. De resto ou foi tensão sexual ou frustração do que poderia ter sido, mas na verdade nunca seria.
Todos se apaixonaram por mim, eu sei muito bem, porque não é difícil se apaixonar por um cara como eu. Elas sempre achavam que eu estava sentindo alguma coisa diferente, que minhas atitudes eram um sinal, mas, na verdade, eu só queria me divertir e conhecer novos corpos e ideias. Eu não sei porque, mas o Rafael sempre diz que odeia esse meu lado, deve ser porque quando eu o conheci me comportava assim.
Sempre demoro pra entender e aceitar que estou amando alguém, mas também não tenho problema nenhum em assumir, nem em me declarar, sou como todos os tontos que conheci, boba e apaixonada.
Como é legal ser tonto e bobo, tão legal quanto ser esperto e desapegado. Como é sensacional ser tudo junto, amar, desamar, chorar e rir.
Posso amar mais seis coisas só pra dar dez. Em quinto amo a vida, em sexto suas aventuras, em sétimo as desventuras, em oitavo eu mesma, em nono minha boca e em décimo minha inteligência.
Em décimo primeiro amo escrever, só pra me contrariar e dar um a mais que dez.
Prefiro ímpar.

Nenhum comentário: